Coleção Ensaio Aberto
Lançamento e discussão em torno dos primeiros volumes da coleção de livros “Ensaio Aberto”, resultado da parceria entre a NOVA FCSH e a PUC-Rio. A sessão de apresentação estará a cargo de Anabela Mota Ribeiro e contará com a presença das autoras.
Coleção Ensaio Aberto
Na tradição ocidental, deu‑se por certa a separação entre Filosofia e Literatura, tendo‑se como consequência um entendimento histórico que cindia, de um lado, a mente, a reflexão ou a razão, e, de outro lado, o corpo, a criação ou a emoção. Perdia‑se, assim, a possibilidade de um conhecimento que, em vez de separar, aproximasse Filosofia e Literatura, perguntando‑se: mas escritores não filosofam, e filósofos não escrevem? Os Ensaios Abertos desta colecção surgiram da vontade de explorar como, apesar da conhecida crítica metafísica que a Filosofia dirigiu à Literatura, elas não cessaram de se aproximar.
Não escrever [com Roland Barthes]
Depois de publicar ensaios sobre a escrita e teorizar a morte do autor, Roland Barthes quis escrever um romance. Enquanto se lançava à tarefa, refletia sobre esse desejo num curso no Collège de France. A obra, Vita Nova, ficou no esboço, e as aulas de A Preparação do Romance se interromperam com a morte do crítico francês, em 1980.
O que o levou a não escrever? Esse é o ponto de partida da ensaísta Paloma Vidal para se aproximar da rotina, das buscas, dos medos, do corpo e da obra de Barthes, numa investigação que talvez não queira atingir seu fim. Entre a criação e a reflexão, a poesia contracena com a teoria para dar corpo a este livro, finalmente escrito — com Roland Barthes.
A Parte Maldita Brasileira
Ao reunir neste volume os ensaios que marcam sua notável trajetória de crítica literária, Eliane Robert Moraes se inspira nas concepções de Georges Bataille em torno da falta e dos excessos para ler a erótica brasileira de fins do século XIX até os nossos dias.
Com os olhos voltados para autores tão variados quanto Machado de Assis, Hilda Hilst, Nelson Rodrigues, Roberto Piva ou Reinaldo Moraes, a ensaísta nos convida a conhecer zonas menos frequentadas da nossa parte maldita – e até desconhecidas. Desse percurso tão original quanto rigoroso resulta uma contribuição definitiva para o reconhecimento do lugar do erotismo no cânone literário brasileiro.