CultureLab • Seminário Permanente

Lúcia Schneider Hardt & Rosâni Cunha

A filosofia como pedagogia do gênero humano: A arte da vida e o cultivo de si

Lúcia Schneider Hardt: “Perspectivas pedagógicas em Nietzsche: Entre o diálogo e o agonismo, novas possibilidades para educar”


A apresentação tem como objetivo destacar o lugar e a importância do diálogo na obra de Nietzsche e conectá-la com a ideia de agonismo, também importante na obra do filósofo e desenvolvida por Acampora, para refletir sobre a importância dessa conexão para o campo da educação. Tanto a disputa quanto o diálogo nas práticas educativas são procedimentos de enfrentamento da violência para sofisticar a vida em sociedade, produzindo valores, padrões de medida e sentidos para a convivência humana. A ideia do diálogo e a ideia de disputa solicitam uma ideia de cultivo de si proposta por uma outra ideia de pedagogia, pautada no silêncio e na solidão, evitando os rebanhos para avançar em direção à dimensão do artístico-educativo.

Lúcia Schneider Hardt possui Graduação em História pela UNISINOS, Mestrado e Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente é professora associada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Formação de Professores, atuando principalmente na área de Filosofia e Teorias da educação. Desenvolve pesquisas especialmente a partir de Nietzsche. É líder do Grupo de pesquisa GRAFIA no qual coordena um subgrupo: Bio-Grafia/Nietzsche. Integra ainda como colaboradora o Grupo de Pesquisa Nietzsche e a Teoria Política (GENTP).



Rosâni Cunha: “O conceito de extemporaneidade como fio condutor para o cultivo de si: Uma perspectiva nietzschiana”


O objetivo desse artigo é apresentar uma perspectiva sobre o conceito de extemporaneidade, a partir dos escritos de Nietzsche. Defende-se a ideia de que o filósofo não abandonou o tema da educação em nenhum dos períodos do seu percurso filosófico. Com Nietzsche, somos instigados a pensar de forma extemporânea as questões educacionais do nosso tempo, cujo exercício pode nos libertar das armadilhas da formação ainda excessivamente atrelada aos interesses do Estado e não ao cultivo de si. Ele nos orienta para pensar estratégias de superação dessas armadilhas contemporâneas, sobretudo, a partir da sua resposta afirmativa considerando três tarefas fundamentais: “aprender a ver, aprender a pensar, aprender a falar e escrever.” (CI, O que falta aos alemães, p.60).


Rosâni Kucarz da Cunha possui Graduação em Filosofia (2000). Especialização em Filosofia (2002) e Mestrado em Educação (2003) pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, onde atualmente é professora vinculada ao Departamento de Filosofia. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia da Educação e Filosofia Contemporânea, atuando principalmente nos seguintes temas: Filosofia da Educação, Autoformarão em Nietzsche, Ética, Pós-Modernidade, Genealogia. Atualmente também Doutoranda em Educação, vinculada à linha de Filosofia da Educação na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.