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CINEMA & POLÍTICA – CICLO DE CINEMA E DEBATES

A Minha Aldeia Já Não Mora Aqui (2005), Catarina Mourão

O ciclo de cinema e debates Cinema & Política propõe uma análise crítica e reflexiva sobre o impacto do cinema na sociedade contemporânea, abordando tanto questões filosóficas como socioeconómicas e socioculturais. Através de uma seleção cuidadosa de filmes que exploram temas relevantes, tais como poder, democracia, (des)igualdade, liberdade, justiça, resistência, memória, ecologia, globalização, entre outros, este ciclo visa estimular o debate e a reflexão sobre a relevância do cinema na compreensão do mundo de hoje.


O ciclo oferece também um espaço de discussão e troca de ideias – as sessões serão sempre seguidas por debates, moderados por investigadores e estudantes, com a participação de convidados com ligação direta ao tema proposto, procurando assim aprofundar a reflexão e fomentar a construção coletiva do conhecimento.


O ciclo é organizado pelo grupo de investigação Cinema & Política: Aproximações Filosóficas, no âmbito das atividades do Laboratório de Cinema e Filosofia (CineLab) e com o apoio do Laboratório de Disseminação (OutLab). A sessão de dia 28 de Abril é acolhida pelo SITIO | Alto São João, e começa às 19h. Conta com a participação de arquiteto Pedro Pacheco e da geógrafa Ana Estevens. O debate será moderado por Grazie Pacheco, aluna de Mestrado em Ciências da Comunicação – Cinema & Televisão, e membro do grupo de trabalho de Cinema & Política.


Entrada livre.

A Minha Aldeia Já Não Mora Aqui (2005), Catarina Mourão
É uma história que eu acho que toda a gente conhece, é a história de uma aldeia que por causa da construção da barragem do Alqueva vai ficar submersa e foi construída uma aldeia "gémea". É um pouco a história de algumas pessoas e, sobretudo, de como é que elas viveram essa passagem, esse processo. [Catarina Mourão]

"Eu nasci debaixo desta água. Tinha dez anos quando tudo aconteceu. Há muitas coisas que me lembro bem, outras que são mais confusas. As pessoas mudam de morada, constroem-se igrejas novas, padarias novas, casas novas, ruas novas mas aqui mudou tudo ao mesmo tempo para tentar parecer que não mudou nada." Durante seis anos filmámos o quotidiano da velha aldeia da luz, condenada a desaparecer debaixo das águas da barragem do Alqueva. Estas imagens fazem hoje parte do arquivo do museu da Luz. A partir destas imagens e de redações de crianças da Aldeia da Luz este documentário conta-nos em flashback a estranha história desta aldeia.