CultureLab • Curso

O elo entre Nietzsche e a filosofia jônica

Abraão Lincoln Ferreira Costa (Universidade de Brasília)

O minicurso reúne algumas das considerações de Friedrich Nietzsche, contidas especialmente em “A filosofia na época trágica dos gregos”, os Fragmentos Póstumos de 1872 a 1875 e “Humano, demasiado humano”. Por essa razão, a proposta sugere pensarmos o quanto a filosofia pré-platônica, dando ênfase aos filósofos Tales de Mileto, Anaximandro e Anaxímenes, contribui para reconhecermos o elo existente com as passagens escritas na juventude do pensador alemão, incluindo as pertencentes à sua fase intermediária. Assim sendo, no primeiro encontro, realizaremos uma apresentação sucinta, a respeito das principais características correspondentes aos pensadores jônicos e de que modo isso pôde contribuir para o sentido de uma cultura elevada. Já no segundo e último encontro, apontaremos certos fragmentos e aforismos nietzschianos no intuito de corroborar a relação deles com o pensamento grego. Para além da compreensão largamente analisada por diferentes intérpretes de Nietzsche, no que tange à sua filiação trágico-metafísica, posteriormente abandonada em proveito do olhar mais científico, nossa investigação defende o quanto a filosofia jônica dispõe da capacidade não apenas de equilibrar as pulsões artística e científica como ainda nos oferecer novas possibilidades de interpretação.


Este curso, de entrada livre, destina-se a especialistas no pensamento de Nietzsche, doutorandos e público em geral.


Inscrições abertas até 20 de maio. Os interessados devem enviar um e-mail para plima@fcsh.unl.pt.


Vagas: 20.


Evento organizado por Paulo Lima.

Primeiro encontro

Sala C115, Edifício C, Campus Berna


  • A partir dos gregos, o que de fato caracteriza um pensamento filosófico?
  • Considerações sobre os pensamentos de Tales, Anaxímenes e Anaximandro
  • Diferença entre os jônicos e a filosofia de Platão

Segundo encontro

Sala C112, Edifício C, Campus Berna


  • A contribuição dos escritos do jovem Nietzsche: o equilíbrio entre a arte e a ciência
  • O papel do médico da cultura em “Humano, demasiado humano”
  • Considerações finais