Matteo Johannes Stettler obteve o grau de mestre (MA e ReMA) pelo Instituto de Filosofia de KU Leuven (Bélgica). A sua investigação, inicialmente, focou-se sobretudo no pensamento norte-americano: em especial no pragmatismo experiencial de John Dewey e no transcendentalismo de Thoreau e Emerson. Ex-membro da Thoreau Society of Concord, Stettler acabou por entrar em contacto com as obras de Pierre Hadot e Michel Foucault sobre a espiritualidade antiga, que atualmente constituem o eixo central de todas as suas investigações na história da filosofia. Stettler é atualmente doutorando na Deakin University (Austrália), onde trabalha com uma Deakin University Postgraduate Scholarship (DUPRS), sob orientação do professor Matthew Sharpe. Colabora com os grupos de investigação “Philosophy as a Way of Life”, da Pontificia Università Gregoriana de Roma, e “Formas de Vida e Práticas da Filosofia” (em particular com a linha de investigação Ars Vivendi) do Instituto de Filosofia da NOVA (IFILNOVA) de Lisboa – onde fez uma estadia de investigação de alguns meses em 2022.
A sua investigação de doutoramento atual visa identificar na receção do perdido Protrepticus de Aristóteles entre os primeiros cristãos (tal como mediado por Hortensius de Cícero) um capítulo fundamental na história da espiritualidade. Stettler é coautor (com Matthew Sharpe) de vários artigos para as revistas Classical Receptions e Philosophy Today; escreveu também ensaios, recensões de livros e traduções para vários jornais e revistas não especializados. O seu artigo mais recente, “The τόπος of the Goods of Fortune in Consolatio II and III: How to Console and Exhort Boethius”, será em breve publicado na Aeuvm.