A obra O que é a Filosofia?, de António de Castro Caeiro (2023, Tinta-da-China), acaba de ganhar o Prémio de Ensaio Filosófico da Sociedade Portuguesa de Filosofia.
O júri constituído por Adriana Veríssimo Serrão, Alexandra Abranches, José Meirinhos, Luísa Couto Soares, Olivier Feron e Pedro Galvão, e presidido por André Barata, considerou-a “uma obra brilhante que introduz o leitor no âmago das interrogações que compõem o inventário intemporal dos problemas da filosofia. As perguntas colocadas por pensadores de Platão a Heidegger —, sobre agir e felicidade, finitude e transcendência, tempo e eternidade, vida e morte, linguagem e verdade…— são examinadas com grande rigor nas respetivas modulações histórico-categoriais e comentadas atendendo ao contexto semântico e estilístico das línguas originais em que se exprimiram. Daí, num movimento contínuo do mais longínquo ao mais próximo, António Castro Caeiro transporta as formulações técnicas mais especializadas até às mais banais experiências do comum quotidiano.”
A propósito desta distinção, diz-nos António de Castro Caeiro que “é em épocas de crise, como a situação atual, que podemos precisar de filosofia. De outro modo, viver é difícil. Ou então, arrastamo-nos com uma lentidão que poderá custar-nos séculos. A humanidade já cá esteve onde agora nos encontramos. E não foi há muito tempo. Sabemos bem o que é a abominação da desolação, a doença e a guerra. A filosofia desde sempre quis antecipar e potenciar possibilidades. Em face de dificuldades, a filosofia tenta encontrar soluções, sobretudo, quando na vida sucumbimos à total ausência de compreensão. Mas talvez haja tempo ainda para encontrar sentido, se em conjunto trabalharmos para isso”.
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