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05/05/2025
A língua da máquina
Arlindo Oliveira e Robert Clowes | moderação de Raquel Amaro
5 L 2025

A simulação da linguagem humana pelos Grandes Modelos de Linguagem atingiu um nível de sofisticação inegável. O que escapa ainda aos modelos computacionais de alto desempenho? Serão a compreensão, a intencionalidade e a adequação dimensões exclusivas da experiência linguística humana?

 

No dia 11 de maio, às 19:00, terá lugar na “Unicorn Factory Lisboa” um debate com Arlindo Oliveira e Robert Clowes, com moderação de Raquel Amaro, no âmbito do Festival Internacional de Literatura e Língua Portuguesa Lisboa 5L, uma iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa que celebra simultaneamente a Língua, a Literatura, os Livros, as Livrarias e a Leitura.

 

Arlindo Oliveira nasceu em Angola e viveu em Moçambique, Portugal, Suíça, Estados Unidos (Califórnia, Massachusetts e Maryland), Japão e China (Macau). Licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pelo Instituto Superior Técnico (IST) e doutorou-se na mesma área pela Universidade da Califórnia em Berkeley, com uma bolsa Fulbright. Foi professor convidado do MIT e investigador do INESC, do CERN, do Electronics Research Laboratory da UC Berkeley, dos Berkeley Cadence Laboratories e da Universidade de Tóquio. Foi membro do Conselho Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação e do Conselho Consultivo do Painel de Ciência e Tecnologia do Parlamento Europeu (STOA). É professor distinto do IST, presidente do INESC, professor convidado da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, administrador não executivo da Caixa Geral de Depósitos e investigador do INESC-ID. Publicou cinco livros, traduzidos em diversas línguas, e centenas de artigos científicos em revistas e conferências internacionais da especialidade, nas áreas dos algoritmos, inteligência artificial, aprendizagem automática, bioinformática e arquitetura de computadores. Foi administrador de diversas empresas e instituições, assim como presidente do Instituto Superior Técnico, do INESC-ID e da Associação Portuguesa para a Inteligência Artificial. É membro da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia da Engenharia, do IEEE e da ACM. Recebeu diversos prémios e distinções, entre os quais o prémio Universidade Técnica de Lisboa/Santander por excelência na investigação, o prémio de carreira da GALP/Academia da Engenharia e o Prémio Carreira da ACEPI. Nos seus (limitados) tempos livres gosta de esquiar, fazer caminhadas, jogar xadrez e ténis, e também de especular sobre o futuro da humanidade.

 

Robert Clowes (Ph.D. Universidade de Sussex, 2008) trabalha como investigador e professor na Universidade NOVA de Lisboa. A sua investigação atual investiga as implicações da Inteligência Artificial Generativa para a mente humana, especialmente quando considerada como uma ecologia cognitiva. Continua a trabalhar na tradição da Ciência Cognitiva (4E), na qual a mente é considerada como incorporada, integrada (embedded), estendida e enativa. O seu trabalho centra-se especialmente na avaliação e desenvolvimento das afirmações sobre a ciência cognitiva 4E, de modo a que estas esclareçam a nossa compreensão da mente humana, da cognição e do raciocínio no seu contexto ecológico. No início dos anos 2000, o seu trabalho centrou-se no desenvolvimento de estruturas analíticas para compreender as implicações cognitivas, agentivas e epistémicas da Internet. Clowes dirige o Lisbon Mind, Cognition & Knowledge Group, uma das três subsecções do ArgLab especializadas na investigação da cognição, mente, raciocínio e conhecimento num contexto 4E. É o investigador principal de dois projetos atuais: «Companheirismo Digital na Era Generativa: Sobre as Relações entre Humanos e IA e o Cenário Ético em Torno de outros Artificiais» e «GENAI —Explorando o Florescimento Cognitivo Humano nos Antecedentes da IA Generativa: Sustentando Mentes Profundas na Nossa Nova Ecologia Cognitiva». Atualmente, está a concluir um livro intitulado Brave New Minds: Generative AI as Cognitive Ecology. Artigos importantes incluem Representation Redux (2016), The Cognitive Integration of E-Memory (2013) e a monografia Minds Online (2017). No seu tempo livre (cada vez mais ausente), Clowes dedica-se profundamente ao teatro e, quando o tempo o permite, representa, dirige e escreve música para produções teatrais. Está também a escrever a sua primeira peça teatral sobre temas não alheios à sua investigação atual.

 

O debate, de entrada livre, irá decorrer na Unicorn Factory Lisboa – Beato Innovation District (Rua da Manutenção, 71). Mais informações aqui.