13/11/2024
Acabam de ser publicados pela Tinta-da-China, em parceria com o IFILNOVA e a PUC-Rio, dois novos títulos da coleção Ensaio Aberto, “O mar, o rio e a tempestade: sobre Homero, Rosa e Shakespeare”, da autoria de Pedro Süssekind (Universidade Federal Fluminense), e “O escândalo da distância: uma leitura d’A Montanha Mágica para o século XXI”, de João Pedro Cachopo (CESEM, NOVA). Ambos os livros serão lançados no dia 19 de novembro, terça-feira, pelas 19h, na Casa do Comum, em Lisboa, com a presença dos dois autores e apresentação do Professor João Constâncio.
No dia seguinte, 20 de novembro, a partir das 16h, terá lugar um colóquio no Auditório A2 da NOVA FCSH, com os coordenadores da coleção Ensaio Aberto, Pedro Duarte e Tatiana Salem Levy, e os autores, que conversarão com Clara Rowland e Maria Filomena Molder. Mais informações sobre o colóquio aqui.
O mar, o rio e a tempestade: sobre Homero, Rosa e Shakespeare, de Pedro Süssekind
Odisseia, Rei Lear e Grande Sertão: Veredas — combinando diferentes perspetivas críticas, os ensaios inéditos reunidos neste livro põem em diálogo três universos literários que se aproximam e se transformam mutuamente. A filosofia é o ponto de partida para uma leitura original dessas três obras clássicas, percorrendo a história das ideias e da receção, desde a Grécia Antiga, passando pela Inglaterra moderna, até ao Brasil contemporâneo, para então retornar à discussão filosófica sobre as formas da expressão. Mais do que como ilustração, metáfora ou alegoria, as obras são abordadas na sua dimensão reflexiva.
O mar, o rio e a tempestade: sobre Homero, Rosa e Shakespeare
Süssekind, P.
ISBN 978‑989‑671‑902‑9
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O escândalo da distância: uma leitura d’A Montanha Mágica para o século XXI, de João Pedro Cachopo
Muito se escreveu sobre o caráter filosófico d’A Montanha Mágica de Thomas Mann. Evoca‑se a aprendizagem de Hans Castorp, os debates entre Settembrini e Naphta, o encontro do jovem com os enigmas do tempo, do amor e da morte. No entanto, a julgar pela caracterização do sanatório alpino, no qual o protagonista, meditabundo e entorpecido, passa sete anos da sua vida, falha‑se o alvo. Se A Montanha Mágica é um livro filosófico, não o é em virtude dos seus temas, mas porque dramatiza uma interrogação sobre as vantagens e os inconvenientes da distância para o pensamento.
Será a distância — simbolizada pela montanha — um incentivo à reflexão? Ou será um subterfúgio para não agir, um pretexto para a indiferença, para a desistência, para a cobardia? E qual será a alternativa? Um retorno aos negócios e às guerras da planície? Em que reside a boa distância? Hoje, em tempos de aceleração tecnológica, radicalização política e guerra iminente, esta pergunta — que foi a de Mann — é também a nossa.
O escândalo da distância: uma leitura d’A Montanha Mágica para o século XXI
Cachopo, J. P.
ISBN 978‑989‑671‑904‑3
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