Pensar a Filosofia da Educação Hoje
Uma nova ordem do saber e da transmissão parece emergir da viragem narrativa e do interacionismo digital, enquanto a fluidificação da axiologia tradicional afeta significativamente os ambientes institucionais de cariz governativo e educacional. Depois da aposta na capacidade das ciências da educação para lidarem de modo objetivo com os problemas do ensino e da aprendizagem ter perdido parte da sua evidência, retoma-se o interesse por formas tipicamente filosóficas de questionamento. A filosofia da educação é, assim, chamada a satisfazer as expectativas de um nível de esclarecimento mais amplo, interpelador e crítico, suscetível de introduzir um suplemento de sentido nos percursos vividos.
Esta responsabilidade, que impende sobre a área, sugere a importância de uma revisão da sua identidade epistemológica, de uma ponderação do que pode ser o seu campo de pesquisa, das relações que detém com outros domínios filosóficos e outras áreas disciplinares. Este ciclo de conferências procura, por conseguinte, repensar o lugar da filosofia da educação hoje, bem como a eventual necessidade de se proceder a uma reinvenção do seu perfil disciplinar, auscultando as posições e as práticas de figuras representativas, às quais se pede que, a partir do passado e do presente, perspetivem o porvir.
Filosofía de la educación: ¿Dónde estamos?, ¿Hacia dónde vamos?
Maria García Amilburu (UNED, Espanha)
Moderação: Luís Manuel Bernardo (IFILNOVA, Universidade NOVA de Lisboa, Portugal)
3 dezembro 2025, 14h00 Portugal*
*11h00 Brasil | 13h00 Cabo Verde | 14h00 Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe | 15h00 Guiné Equatorial, Angola | 16h00 Moçambique | 23h00 Timor Leste
Para participar na sessão via Google Meet, use este link.
MARIA GARCÍA AMILBURU é Doutora em Ciências da Educação; doutora em Filosofia; professora da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Navarra; professora titular de Filosofia da Educação na Universidade Nacional de Educação à Distância (UNED). Realizou estágios de investigação na Universidade de Cambridge e na Universidade de Oxford. Membro da Sociedade Espanhola de Pedagogia e da Sociedade de Filosofia da Educação, em Inglaterra. É também especialista na análise da relação entre cinema e educação. Entre as suas publicações, destacam-se: Claves de la filosofia de la educación; Filosofia Y actitud filosofica: sus aportaciones a la educación; Filosofia de la educación: cuestiones de hoy y de siempre; Una filosofia de la educación politicamente incomoda; Aprendiendo a ser humanos; Antropologia de la educación. Teoria y prácticas del analisis pedagogico del cine. Mil mundos dentro del aula: cine y educación.
Filosofia da educação transformada: práxis formativa e crise ecológica
Claudio Almir Dalbosco (UPF, Brasil)
Moderação: Antônio Joaquim Severino (USP, Brasil)
4 dezembro 2025 | 14h00 Portugal*
*11h00 Brasil | 13h00 Cabo Verde | 14h00 Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe | 15h00 Guiné Equatorial, Angola | 16h00 Moçambique | 23h00 Timor Leste
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CLAUDIO ALMIR DALBOSCO é licenciado em Filosofia pela Universidade de Passo Fundo (1990), onde fez também especialização em Epistemologia das Ciências Sociais. Fez o mestrado em Filosofia na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e o doutoramento em Filosofia na Universität Kassel – Alemanha (2001). Pós-doutoramento pelo Núcleo Direito e Democracia (NDD) do CEBRAP (2013). É professor titular da Universidade de Passo Fundo, atuando no curso de Filosofia e no PPG em Educação e pesquisador do CNPq. Eixos temáticos de investigação: Iluminismo e pedagogia, com ênfase em Rousseau e Kant; formação humana, cuidado de si, reconhecimento e pensamento pós-humanista, com ênfase em pensadores contemporâneos como Martin Heidegger, Michel Foucault e Axel Honneth. Entre as suas publicações, destacam-se Educação natural em Rousseau: das necessidade da criança e dos cuidados do adulto (2011); Condição humana e educação do amor próprio em Rousseau (2016); Uma leitura não-tradicional de Johann Friedrich Herbart: Autogoverno pedagógico e posição ativa do educando (2018); John Dewey como leitor de Jean-Jacques Rousseau: o problema da formação das capacidades humanas.