João Mário Grilo (Figueira da Foz, 1958) é Professor Catedrático na NOVA FCSH, onde fez o seu mestrado e doutoramento (Ciências da Comunicação/Cinema). Dá aulas de Realização de Cinema (seminário) e é coordenador dos Doutoramentos em Estudos Artísticos e em Digital Media e do Mestrado em Cinema/Televisão.
Publicou inúmeros artigos sobre cinema e arte contemporânea em Portugal e no estrangeiro (em particular, na revista Traffic). É autor de vários livros: A ordem no cinema: vozes e palavras de ordem no estabelecimento do cinema em Hollywood (1997), As Lições do Cinema. Manual de Filmologia (2006), O Cinema da Não-Ilusão (2006), O Homem Imaginado (2006), O Livro das Imagens (2007), Film & Philosophy: Mapping an Encounter (2014), um compêndio colectivo sobre o tema, co-organizado com Irene Aparício, que resultou de um projeto de investigação, com o mesmo nome, no qual foi Investigador Responsável e que decorreu entre 2009 e 2012 (com financiamento da FCT).
Como realizador, fez o primeiro filme, Maria, em 1978, ao qual se seguiram A Estrangeira (1982), O Processo do Rei (1989), O Fim do Mundo (1993), Saramago (1994), Os Olhos da Ásia (1996), Longe da Vista (1998), 451 Forte (2000), A Falha (2002), Prova de Contacto (2004), O Tapete Voador (2008), Duas Mulheres (2010), A Vossa Casa (2012), A Vossa Terra, 2016.
Enquanto realizador, representou Portugal em vários festivais de cinema, em Cannes, Veneza, Berlim, Locarno, Rio de Janeiro, Toronto, Vancouver, S. Francisco, Houston, Roterdão, Biarritz, Hong Kong e Estocolmo. Em 1982 recebeu o prémio Georges Sadoul, em 1999 o prémio Especial do Júri no Rio de Janeiro, o prémio do público e do júri em Biarritz, o prémio PROCIREP em Cannes, o prémio de melhor documentário no festival Indie Lisboa (2012) e, no Porto, em 2012, o prémio Paz dos Reis pela sua carreira. Em 1990, um dos seus filmes esteve nomeado para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Já foram apresentadas retrospectivas do seu trabalho cinematográfico no Festival de Cinema de La Rochelle, no Festival da Figueira da Foz e uma retrospectiva integral no LEFFEST.