O grupo de investigação Ars Vivendi, criado em 2018, dedica-se ao estudo da relação entre filosofia, vida e criação de valores e formas de vida. Enquanto parte do CultureLab, o grupo contribui para uma investigação abrangente sobre a relação entre valor e cultura e as várias formas nas quais os valores humanos e a atividade humana de avaliar e atribuir valores se encontram sempre integrados em formas de vida culturais, que têm um contexto e história particulares. O grupo ocupa-se, em especial, da história, desenvolvimento e relevância contemporânea da filosofia concebida como “arte de viver” (ars vivendi) e o seu impacto nas práticas sociais e na construção de valores ao nível ético, político, artístico e cultural. Constituído por investigadores de topo especializados em filosofia antiga, pensamento contemporâneo e a chamada filosofia do antropoceno, o grupo tem como objetivo pôr em diálogo abordagens antigas e contemporâneas ao problema de “como viver” e respectivas práticas de auto-transformação e construção de valores, em três linhas de investigação diferentes, mas interrelacionadas:
• O estudo da concepção original da filosofia como “arte de viver” (technē tou biou / ars vivendi), “modo de vida” (Hadot) ou “cuidado de si” (Foucault) e correspondentes exercícios espirituais no pensamento antigo (especialmente em Platão, Aristóteles e nas escolas helenistas);
• A investigação de reinvenções filosóficas – e literárias – modernas e contemporâneas da “arte de viver” e dos conceitos relacionados de “autenticidade”, “liberdade” e “auto-criação” (em particular em Schopenhauer, Nietzsche, Foucault e autores da tradição existencial, como Kierkegaard, Heidegger e Sartre);
• A exploração da relevância da filosofia concebida como “arte de viver” perante desafios contemporâneos (como a tecnologização excessiva da vida, a crise ambiental, o transhumanismo, a violência gratuita, a emigração e a crise dos refugiados) que pedem uma interacção do desenvolvimento tecnológico e científico com a sabedoria filosófica e formas éticas inovadoras de agirmos e nos comportarmos como seres humanos no mundo em colapso de hoje.
Antonio Cardiello
António de Castro Caeiro
Bartholomew Ryan
Fábio Serranito
Giovanbattista Tusa
Gianfranco Ferraro
Hélder Telo
Luís Aguiar de Sousa
Paulo Lima
Pietro Gori
Matteo Johannes Stettler
Philip Farah
Vittorio Lubrano